quinta-feira, 5 de agosto de 2010

SENTI

Eram não sei que horas de um dia qualquer já deste ano e o sol desprendia-se lá do alto, sem pressas, queimando ainda era manhã. As árvores dobram-se e as poucas sombras mirram á medida que ele sobe. Agora sobra-me o tempo e reparo nas coisas simples que dantes eram de somenos importância… Ouço o murmurar das folhas trazido pelo vento lento e quente, abrasador, e os olhos, quebrados pelo torpor, não conseguem suportar o peso da pálpebras e teimam em fechar-se. É nesta languidez que me sinto cair, cada vez mais fundo, e sem forças para despertar. Só uma razão me trás acordado. Este prazer enorme em escrever. Te. Porque há um espaço, teu por direito, que de quando em vez é, exteriormente, solicitado. E que muito de vez em quando vou abrindo e deixando usar sem contudo permitir que seja ocupado. A distância recalca a tua falta e a minha carência. Espero, na hora, não balbuciar o teu nome, como da última vez, e o que poderia ser uma noite agradável foi um fiasco. È incrível a forma como me deixas prisioneiro de toda tu… roliça.

Sem comentários:

Enviar um comentário