sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

AS LÁGRIMAS DE UM ANJO

É pena que as coisas sejam assim e a distância se junte ao silêncio. É como ser preso politico e a única coisa que tenho seja um silêncio enorme em que me guardo… É apenas mais uma provação, espero que apenas, SÓ, mais uma. Apenas sei que me custa não poderes saber que estou aqui, ainda e sempre, sentado no acampamento sem saber o que o ficou por dizer ou se algo não foi dito. É nestas alturas que queria participar, ajudar, sei lá… Mas estou aqui sem pressas e sem algo. Se cá vieres, desculpa, saberás que me é caro o silêncio e este é o meu diário sem dias certos ou seguidos. Aqui desenterro as minhas frustrações e desabafos… Aqui engano a tua ausência numas linhas sem resposta, aqui desfraldo as saudades e grito alto ALGO.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Meu Raio de Sol

Hoje não me apetece escrever por isso vou deixar-te aqui ALGO que gosto muito e que espero ser do teu agrado: Vinicius de Moraes

Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim,
Que nada desse mundo levará você de mim.
Eu sei e você sabe que a distância não existe
Que todo o grande amor
Só é bem grande se for triste
Por isso, meu amor
Não tenha medo de sofrer
Que todos os caminhos me encaminham pra você
Assim como o oceano
Só é belo com luar
Assim como a canção
Só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem
Só acontece se chover
Assim como o poeta
Só é grande se sofrer
Assim como viver
Sem ter amor não é viver
Não há você sem mim
E eu não existo sem você...

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Meu Ùltimo Desejo

Vou deixar aqui expresso este meu último desejo na ânsia de conseguir, a título postumo, a atenção de alguns de vós, poucos, porque não quero de qualquer forma influenciar a vossa opinião sobre as coisas ou sobre tudo, sobretudo...
Cá vai:
É de minha livre e expressa vontade, declarando que estou na posse de todas as minhas faculdades fisicas e psiquicas, que ponho á inteira disposição de todos vós este meu corpo lindo, que inveja faz a muita gentinha que estampa não possui. Sou assim a imagem divina no meio de vós. Não foi Ele que disse que eramos feitos á imagem do Senhor? Pois então!? Cá estou... o Todo Poderoso no meio da arraia míuda, ou a sua imagem. Obrigado, flor!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

VINHAS VER-ME

Primeiro, foi delirante… Andava quase sem tocar o chão, o tempo não passava e todo eu tremia sempre que provavelmente pensava ir encontrar-te ou sentia o caminho orientar-se pra ti. Depois foi um escândalo no meu peito ao descobrir que afinal estava a perder-me por ti, e encontrei-me. E agora perco-me constantemente e dou comigo em ti. Já pensei seriamente processar-te por ocupares, sem pedir, este meu coração. É que agora, e apesar de livre, não consigo soltar-me do brilho dos teus olhos, não consigo esquecer o sabor da tua boca, sôfrega, de veludo, tão gostosa… Sabes que me deixas louco só com a tua presença, sem conseguir pensar. Absorves até a luz da lua e fazes com que a chuva desça, mesmo sem nuvens, mesmo sem ser inverno… E depois acordamos colados um no outro, húmidos, latentes, sem pressas. E o teu cabelo lindo, vestido de negro luto, caído sobre os ombros nus, envolvendo essa pele quente e macia, deixa entrever os olhos entreabertos, como os teus lábios, pedindo beijos. Houve tempos em que pensei ser apenas um teu bom momento, que de quando em vez tinhas á mão, sempre que querias. Ou por outra, servir apenas para libertares tesão, como me quiseram fazer acreditar, ser pra ti como um escape, um lugar onde te libertavas. Mas não podia acreditar… Todo aquele calor, e as emoções, ou o brilho que tinhas nos olhos sempre que éramos um só, a forma como me tocavas e sorrias. Agora és apenas o meu peito a pedir mais de ti, és o grito que não sai por não me ouvires, de tão longe… Mas que compensas com visitas poucas que me preenchem. Queria apanhar-te aqui, agora, para poder tocar-te o rosto sem ter que nos esconder…

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Após ALGO

É de manhã, quando abro os olhos, que sinto o vazio acentuar-se. Não ouço o teu respirar, que ainda há pouco me arrepiava, no meu ouvido, ofegante. Procuro o brilho dos teus olhos e apenas encontro uma cama vazia de ti, do teu amor. E puxo o corpo, feliz mas cansado, dorido das carícias incontáveis que me levaram ao delírio, na vertical, tentando não olhar para o lado, evitando as marcas de uma loucura alucinante que os lençóis retiveram e o teu perfume quente que ainda dança, envolvente, nos meus sentidos sempre que fecho os olhos. É com pena que o vou perder no duche frio que me trará de novo a esta realidade crua. Solidão Agora limpo-me devagar para que os teus vestígios se vão perdendo, sugados pelo turco da toalha que me envolve. Enfio as calças e penso nas tuas mãos macias, insinuosas. Agora a camisola, e passo a mão pelo cabelo tentando varrer essas doces lembranças do meu horizonte interior. E acabo na rua, onde o sol já tomou conta do dia faz tempo e nos empurra para as sombras, que ainda são pequenas para albergar esta imensidão que me invade. Passo a passo, vou deixando pendurado nas paredes o brilho desses olhitos negros, tão doces. E vou-me despindo assim de ti, deixando um pouco por todo o lado para que não me sinta só quando por lá voltar a passar. E fico «só». Sem pensar que esta distância se torna fictícia, irrelevante, inexistente. Porque não me sais da cabeça. Ocupas-te todo o meu horizonte sem o saberes. Basta para isso que feche os olhos e tenho de novo o teu cabelo a envolver-me as mãos, a escorregar pelo meu peito misturando-se com o meu, tornando-se apenas um, nosso. E é assim, e aqui, nestas magras e curtas linhas, que tento definir esta paixão que me consome. Lembrando um gesto, uma palavra, um olhar. Um amor que fazemos sem fronteiras e que nos deixa longe de tudo, de todos, mas tão perto um do outro. Tão perto que a tua pele quente, macia, me queima os sentidos. És como aquele comprimido que tomo para dormir mas que me dá insónias. Não que as não queira, já que assim não te esqueço e te tenho cada vez mais em mim. No entanto é esta distância que me atrofia. Que me aperta. Que me massacra. Saber de ti algures, ao sabor de um vento que não controlo… E fico aqui, caído, prostrado. Morrendo a cada segundo sempre que não faço parte dessa tua «outra» vida. Lembrando o teu rosto entre as minhas mãos trementes, a tua boca na minha, os meus braços que te envolvem e apertam, tentando segurar-te para não te sentir fugir por entre os dedos logo que a manhã nos bate á porta. É nesses momentos de doce quietude que te sinto mais minha, quando ficamos colados um ao outro, após. Quando o mundo deixa de existir para que sejamos um só. No reino dos diálogos roucos, imperceptíveis, carregados duma cumplicidade gostosa, onde só o suor fica entre nós. E ficamos atentos ao que cada um não diz com medo de quebrar a magia desses momentos. É quando a pele fica mais sensível, quando um sussurro nos faz estremecer e nos agarramos mais um ao outro, tentando assim prolongar no tempo esses momentos que sabemos breves, finitos. E lá longe, na rua, a vida começa de novo, ainda sem nós.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Era uma vez...

Quando te conheci mulher fiquei perro de tanta timidez. Tremia sempre que te sentavas na minha mesa e a conversa não fluía. Mas algo me impelia a lá voltar, a ver-te, pra tar contigo. E tu que eras sempre tão faladora agora mal abrias a boca, essa boca linda. Éramos nós que nascíamos, crescíamos, um para o outro. Foi louca de parva a nossa primeira noite. Mas tu quebras-te o gelo ao sair com um beijo de fugida. Só não dormi a pensar em ti, no calor de um beijo que quase não o foi, de tão rápido… E foram meses de momentos lindos. Nunca tinha falado tanto de tudo, assim, horas. Contigo não. Ficava feliz só de poder tar contigo, de olhar pra ti, de te poder tocar, de ter a tua na minha mão. E, sem dar por isso, esperava impacientemente o momento de tar contigo, de te abraçar e poder ficar a olhar pra ti, parvo, fazer-te carinhos. Sabes, que adorei quando, cheia de espuma, me molhas-te todo, rindo, feliz. E me «fizes-te» procurar-te, impaciente e só, pra te pedir para vires comigo. Adorei sair e jantar contigo, e ouvir chamarem-te de minha mulher. E, mais tarde, com olhinhos doces, disseste: -Hoje ainda não me beijas-te. Ai tive a certeza. Estão vivos em mim todos os momentos em que fizemos ou tivemos sempre um tão louco amor. Adoro as tuas mensagens ás tantas da manhã sabendo-me acordado, á espera. Andei louco de saudades nas tuas férias. Como ando agora. E só passou um dia, lento… É difícil lidar com a distância. Agora confirmo certezas que pensava não ter. Sempre se passaram alguns dias sem te ver mas não doíam. Sabia-te cá. Ontem saí de casa a chorar. Dormi na cama impregnada do teu cheiro, onde alguns dos teus cabelos descansam e me fazem companhia. Sabia gostar de ti mas não te sabia tão cá dentro. Usurpas-te um coração partido que pensava já morto. Agora passo em revista os momentos que tivemos juntos. E eu que pensava ter amado tanto! Descobris-te em mim ternura e carinho que nunca pensei ter pra dar. Eu nunca tinha tomado nas minhas mãos um rostinho como tive o teu, ou enfiado o nariz nuns cabelos na ânsia de reter um perfume. Nunca fiz um amor tão gostoso como contigo, entreguei-me totalmente, sem reservas ou vergonhas. Fizes-te um homem novo. Agora percebo a timidez, o nervoso, sempre que tava contigo. Hoje sinto-me nu. Miseravelmente exposto. Fujo e fecho-me. Sou um vazio que ficou. Assusta-me olhar horizontes onde não estou, onde apenas a sombra é real. Onde nada tenho e nada me move. Onde… Longe. Assim, aí, é mais fácil, dobra-se a esquina á vontade ou sentamo-nos naquele banco ou cadeira de esplanada. E, por vezes, é tão bom, levam-se os pés cansados do peso do corpo exausto até á areia da praia. E com as ondas que vão e vêem, embora nunca as mesmas, aquela imagem volta, aquele momento. O gesto simples que perfuma um sorriso, ás vezes lágrima… Saudades. E logo, a vida suga-nos, rotina castrante que, agrilhoando os sentidos, desperta o corpo para um torpor mecanizante que absorve. Aliena. E as ondas continuam… Até adormecer. E amanhã o sol, se vier, trará de novo outras cores, mais quentes ou frias, mas que farão os olhos brilhar, agradecidos por a mesma rua ser outra, na mesma, outro dia. Mais logo a sombra do meio-dia está só. Talvez um ou outro cão. Quem sabe?... Sufoco. Tão longe… Ás vezes penso (?) e é incrível a efectiva velocidade de interligação de situações, o arrumo lógico dos percursos… E a vida ao lado, onde me caio e levanto, onde nada faz sentido. Onde o olhar se turva nas cinzas deixadas pelo tempo. Nas ruas frias, onde nem a lua assoma, o silêncio mancha a noite calando as vozes e incitando á escrita que aqui corre. E aquela imagem volta, agora mais forte. Vem moldar um espaço a quente, abraçando um todo que é seu, a que dá brilho. E as ruas, soalheiras, enchem-se de risos, de gente pra cá e pra lá sem razão aparente, qual manada, pastando, errante. E o dia passa. A vida acontece. A cada momento lembrando que o rio corre sem parar, sem que a mesma água passe duas vezes debaixo da mesma ponte. Mas nem por isso o rio deixa de correr. Ou de se conter nas margens. Sem limites, nem no mar. Ai, apenas se liberta e dilui. Como nós… um no outro. E tudo perde sentido, ganhando os sentidos, imolando-se num altar de amor. E a noite cai. Caiu faz tempo. Que tem lá isso? Eu sou o que sou. Faço, ou não, o que quero. Se quero. E nada do que possa ou não fazer altera o que sinto. O que, no fundo, sou. Um olhar diferente. E foi então que o sol apareceu na telha de vidro. Já é dia. Foi aqui, neste lugar vazio a meu lado, que aconteces-te. Foi desse brilho envergonhado dos teus olhos, que ainda teimam em fugir dos meus, que de novo tudo faz sentido. Tenho agora uma certeza que foge quando sais e não sei quando te volto a ver, como agora. Amo-te, é certo, mas não sei se te tenho quando não tas comigo. És os momentos mais belos e intensos que já tive. És a brisa que me lambe o rosto, solta o cabelo e me devolve o sol, o calor… Mas não aguento ficar aqui sozinho, junto onde estives-te, á espera de uma palavra tua… À espera que não deixes de acontecer, de acontecer-me. Tenho saudades dos teus olhos, das tuas mãos, da tua boca, da tua pele fervendo, queimando a minha… Vejo-te. Linda, fresca, de tão longe… tenho agora uma lágrima tonta pendurada nas saudades. Mas não vai cair como as outras que molharam estas linhas de outros dias vazios. É tão bom amar. Amar-te… sentir-me pular quando me olhas, sentir. Sentir-me vivo. Agora perco os meus olhos nos teus, tristes, desta fotografia. E continuo a amar-te tanto. Nunca a solidão dói tanto como quando nos sabemos amados. O mundo não pára no momento mas só quando o olhar se cruza, fugindo… Quando as entranhas tocam a garganta e o nó trava os gestos, os sentidos e tudo pára ali, por um instante, numa vertigem eterna. Bonito é o momento. Não. São as cores. Algumas. Outras nem tanto. Pra outros, sim, valor terão por certo. Bonito é efémero. O bonito guarda-se na memória. Ou em fotos, quando o é. Ou por qualquer razão, até sem o ser. Bonito ou razão? Bonito, é. Sem dar por isso, como tu, que me devolves-te o sol. Hoje sinto a tua falta até no sol que se esconde, envergonhado, por trás das nuvens. Sinto-te sentada nos portados enquanto olho pra um filme que não sigo. Sinto-te aqui dentro a rebentar-me o peito de ansiedade. Deixaste-me imensamente só. Sinto-me um estranho na minha própria vida, da qual já nada sei. Apenas vagueio inconsciente ao passar das horas afogado neste vazio. Faço da noite dia e deste noite. Faço nada, absorto, enquanto o tempo passa, cadenciado, sem me esperar. Sem te trazer. E dou comigo na casa, vazia. De mim, de ti, de amor. Só as paredes frias sabem o quão triturante pode ser esta solidão que goteja, salgada, alimentando um rio que corre para ti, mar amor. Pode ser que amanhã, com o sol, venham sorrisos quando acordar e olhar para ti, flor. Amor és tu que o amor não tem distâncias. Perfume é o teu que perdura nos meus sentidos, flor selvagem, pura, simples, cujas pétalas guardo como um tesouro. Sabes porque fizeram tão pequena uma palavra tão grande? Pra ser mais fácil dizer amo-te. Amar é pintar a cores uma vida a preto e branco. É o brilho dos teus olhos chamando-me na escuridão. Amar és tu, infinita. Amar é digno de ti, desse corpo açucarado, desses olhitos de gazela assustada. Amar é trazer-te em cada poro da minha pele que anseia pela tua, em cada acordar. Amar são estas saudades, e a tua falta, mulher. É pedires-me que te acorde…

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

SAUDADES

Podias ser dona dum mundo diferente e pintar o meu horizonte com cores garridas, podias dormir no meu peito e emaranhar os teus dedos nos meus cabelos e enrolar… Podes vir quando quiseres… Há momentos nossos que lembro logo que a cabeça toca a almofada. Ainda sinto o teu perfume na minha pele e o teu calor, gostoso… Provavelmente são saudades nossas, do nosso mundo… Adoro quando me surpreendes logo de manhã, até parece que vejo esse teu sorriso lindo, pra mim. São essas palavras lindas que fazem o meu sol brilhar. Obrigado por existires e o teu mundo ser parte do meu.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Morena de Jesus

Hoje é dia de celebrar, é para quem ama e para quem não ama. Porque não amar não significa que não seja amado… Eu amo e é a maior graça, essa minina. Ela me deixa louco de alegria quando me liga, ela me faz feliz quando me abraça e me beija. E que beijos, você sabe, aquela bocaboa, sensual, que se cola na sua e faz até estremecer, até arrepiar por dentro e te deixa como veludo?... Ela tem isso tudo, aliás, tem mais até. Ela tem um ar de criança traquina num corpo doce de mulher que me faz dizer loucuras e nunca perder esse apetite louco que sinto por ela. É isso: EU AMO ELA. Eu amo aqueles olhos negros e tristes que só ás vezes brilham e sorriem. Eu amo aquela flor que me fez desabrochar e sentir vivo de novo. Pitinha linda, coisaboa, amo cada grama desse corpinho lindo… Bjs Dcs

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

D JESUS

Faz tempo que o tempo continua a temperar as coisas e as pessoas. E a ti tocou-te, adoçou as tuas defesas e melou as tuas emoções. Hoje, após anos de fuga, enfrentas o teu coração e, sem medo, admites, reconheces e declaras o teu amor por alguém. Sabes o que sinto? O mesmo que senti quando me roubas-te o primeiro beijo, um puto com um sorriso tamanho do mundo… Como é doce tocar os teus lábios quentes! Tenho saudades do teu calor e dos, agora, teus abraços sem medos. Sou, dos contentes, o mais feliz, mesmo sem te ter, ó coisaboa.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

SENTI

Eram não sei que horas de um dia qualquer já deste ano e o sol desprendia-se lá do alto, sem pressas, queimando ainda era manhã. As árvores dobram-se e as poucas sombras mirram á medida que ele sobe. Agora sobra-me o tempo e reparo nas coisas simples que dantes eram de somenos importância… Ouço o murmurar das folhas trazido pelo vento lento e quente, abrasador, e os olhos, quebrados pelo torpor, não conseguem suportar o peso da pálpebras e teimam em fechar-se. É nesta languidez que me sinto cair, cada vez mais fundo, e sem forças para despertar. Só uma razão me trás acordado. Este prazer enorme em escrever. Te. Porque há um espaço, teu por direito, que de quando em vez é, exteriormente, solicitado. E que muito de vez em quando vou abrindo e deixando usar sem contudo permitir que seja ocupado. A distância recalca a tua falta e a minha carência. Espero, na hora, não balbuciar o teu nome, como da última vez, e o que poderia ser uma noite agradável foi um fiasco. È incrível a forma como me deixas prisioneiro de toda tu… roliça.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

BRILHO DE LUAR

Normalmente não me faz mossa qualquer tipo de elogio porque nunca liguei. No entanto hoje ouvi ALGO que superou tudo o que antes já tinha ouvido e que me surpreendeu, pela positiva, claro. Fiquei surpreso por vir de quem vem, normalmente é uma pessoa parca em palavras e que evita este tipo de exposições, mais ainda quando se trata de elogios. Meu brilho de luar, disse. Chorei em frente a estranhos que ficaram boquiabertos e preocupados comigo. Nunca antes se dirigiram assim a mim. Dois dias e duas surpresas lindas. Afinal o amor ainda faz milagres e basta uma simples gota para nos sentirmos transbordar e eu entornei-me, literalmente.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

ROLIÇA

Hoje o dia amanheceu contigo e eu também. Amanhecemos juntos como faz tempo não acontecia. Nunca a madrugada foi tão curta, como curto é sempre o tempo que estamos juntos. Vamos pedir uma madrugada que não acabe e ficaremos sempre, eu cá e tu também, porque o tempo pára e tu não vais. Foi lindo e tu, também, continuas a derreter-me. Nunca o dia nasceu em tão boa companhia. Nunca a madrugada tinha ouvido, nem eu, uma declaração de amor, assim... repetida. Repetiste-a tantas vezes... Ainda não acredito que as ouvi da tua boca. Bjs dcs

terça-feira, 27 de julho de 2010

FLOR DE MIM
Hoje o dia começou bem, acordei a ler-te. Surpresa boa… É preciso tão pouco para me sentir assim, bem. Saber-te é, talvez, o melhor que esta miséria de vida tem. Principalmente saber que ainda ai estou, tão dentro. Algo me diz que o meu mundo e o teu não serão tangenciais porque os desejos secantes. Quero que se toquem e misturem, como nós. Como os nossos humores, gostosos. É a lembrança desse gostinho. Sim, quero mergulhar contigo. Sempre, flor de mim. Tenho falta desses olhitos negros que me bebem, sofregos, e de me deixar beber...

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Razões Entendíveis
Quando iniciei esta viagem nunca foi, nem é, minha intenção falar de politica mas aconteceu algo nos últimos dias que veio mexer com o meu sensível interior.
Hoje tenho um gosto estranho na boca… Nem o banho de água fria, logo cedo, me tirou esta impressão estranha, este travo carrascão dum vinho que não bebi. É que recentemente ouvi algo que me deixou completamente no ar. É daquelas coisas a que não se liga no momento mas que nos vem á tona sem qualquer pré-aviso e nos toca, incomoda. Já algumas tinham ouvido uma enormidade destas: «razões atendíveis»!? Já viram as voltas que tentaram dar ao texto para que numa pequena/grande desatenção do artista, vulgo povo, tudo isto fosse desaguar no Mar de In (incertezas, injustiças) e poluir o Mar de Desigualdades onde nadamos graças a este(Pedro) e a um outro (Só crastes), os novos D. Sebastião de trazer na pouchette. Embora estes não apareçam do nevoeiro, aparecem no caos para se orientarem e aos amigos. Razão atendível quer dizer em bom português despedimento sem justa causa. E era esta a grande esperança dos portugueses, este Pedro que Passos não dá sem nos tentar lixar.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

ALGO

Os meses passam sem que me aperceba, o tempo é um vilão que não perdoa as demoras sem que não recorde ALGO. A terra é pequena e, sem ti, fica simplesmente vazia… Há horas em que é puro exercício de sadomasoquismo tentar perceber o que faço aqui, sem ALGO. Foste e uma parte das ruas tem saudades tuas, algumas foram até perguntar-me se ainda virias e respondi sem delongas: Ela vem-se quando achar que é a sua hora. Eu nunca iria apressar-te ou pedir que te viesses. Isso é ALGO… de que tenho saudades. Disso e dos teus olhos negros, e das tuas mordidas. Vá, essencialmente, de ti. Podia aqui escrever um livro com os recortes que me povoam os sonhos, alguns húmidos de ti. Mas, caso acontecesse, as folhas ficariam coladas. Embora tenha a firme certeza que saberias de cor cada linha de cada capítulo. Seria como leres um teu diário. Roliça é a forma como me desarmas e me deixas sem jeito algum, é o gosto da tua pele quente na minha, que me derrete, insano.