segunda-feira, 19 de julho de 2010

ALGO

Os meses passam sem que me aperceba, o tempo é um vilão que não perdoa as demoras sem que não recorde ALGO. A terra é pequena e, sem ti, fica simplesmente vazia… Há horas em que é puro exercício de sadomasoquismo tentar perceber o que faço aqui, sem ALGO. Foste e uma parte das ruas tem saudades tuas, algumas foram até perguntar-me se ainda virias e respondi sem delongas: Ela vem-se quando achar que é a sua hora. Eu nunca iria apressar-te ou pedir que te viesses. Isso é ALGO… de que tenho saudades. Disso e dos teus olhos negros, e das tuas mordidas. Vá, essencialmente, de ti. Podia aqui escrever um livro com os recortes que me povoam os sonhos, alguns húmidos de ti. Mas, caso acontecesse, as folhas ficariam coladas. Embora tenha a firme certeza que saberias de cor cada linha de cada capítulo. Seria como leres um teu diário. Roliça é a forma como me desarmas e me deixas sem jeito algum, é o gosto da tua pele quente na minha, que me derrete, insano.

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