segunda-feira, 17 de agosto de 2009

SAUDADES

Adivinharam a vossa falta em mim, hoje, ou a que vos faço agora? A amizade também traz saudades, não é? Sabe confortavelmente bem esta sensação boa, a de me comentarem… Assim não sou um qualquer mas sim um, dos quaisquer, que vos importa.
Hoje voltei aqui de novo para vos falar. De nada, tudo. É só deixar passar para a ponta dos dedos esta quietude sufocante que me atropela. E é com as linhas que ficam para trás que se abre de novo a janela deixando que o dia me dê a mão. É tarde para entrar e cedo para sair. E lavo, num duche demorado de água tépida, um corpo que foge tentando alcançar um lusco-fusco de horizontes balbuciantes de maduros, sem olhar para trás. Sem olhar. Já conheço esse caminho sinuoso de montes e vales luxuriantes que palpitam no calor gostoso dessa hora do dia/noite… Enquanto me limpo vejo no espelho o mesmo olhar no meu, bebendo do dia o brilho de alegria. Sorri. Sorri de novo, agora de ter antes sorrido. E nuns passos vi-me na rua outra vez, até agora, até já.

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